segunda-feira, 19 de maio de 2008

Cantares de Arganil


Minha Mãe era uma santa por quem eu sempre chorarei
Porque amor igual ao dela nunca mais eu encontrarei
Adeus o mata do conde com teus lindos pinheirais
Adeus caminho do prazo já te não passeio mais
Quem me dera agora estar onde eu tenho o pensamento
Era de Arganil para fora e da Dreia para dentro

Ó minha Mãe, minha Mãe, ó minha Mãe adorada
Quem tem uma Mãe tem tudo
Quem não tem mãe não tem nada

Se eu soubesse cantar como eu sei as cantigas
Eu fazia rir as pedras quanto mais as raparigas
Adeus o terra da Dreia mal de ti nunca eu direi
Ou no fundo ou no cimo ou no meio eu ficarei

Quando vejo uma velhinha com as saias arrastar
Lembra-me a minha mãezinha com o seu modesto trajar
Eu hei-de te amar a rir, eu hei-de te amar de dia de noite
Quero dormir senhora do Monte Alto linda cara, lindo rosto
Eu hei-de lá ir para o ano no dia 15 de Agosto.


Belmira Neves
Arganil, 19 de Maio de 2008

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