sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Beirões

Ò beirões da serrania
ou milhoto dos valeiros
que deixais as vossas terras
por países estrangeiros

Despertai o vosso sonho
dessa embrieguez fatal
que a vossa maior riqueza
está aqui em Portugal

Céu azul e céu de ouro
uma leira,uma enchada
no arado, milho louro
cachos negros na latada

Uma casa caiadinha
para nela habitar
uma vaca, uma cabrinha
um porquinho a engordar

Uma esposa diligente
para doce companhia
a cuidar dos seus filhinhos
cada noite e cada dia

E mais nada é preciso
para a vida de doçura
decorrer em paz tranquila
do berço à sepultura

Lucília da Ressurreição

1 comentário :

LCCesar disse...

O meu pai tem 83 anos e declama este poema que aprendeu quando andava na escola primária. Mas não consigo descobrir o autor.